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29 de jan. de 2008

Movi_mEntos

Movimentos circulares. Redondos. Círculos transversais que deformam os sentidos.
Ciranda, cirandinha
Vamos todos cirandar
Vamos dar a meia volta
Volta e meia
Vamos dar
Perdi, não encontro saídas e muito menos entradas. Perguntas, muitas perguntas, para poucas respostas. Ai... Cadê?
O anel que tu me destes
Era de vidro e se quebro
O amor que tu me tinhas
Era pouco e se acabou

Nove e meia da manhã. O despertadou tocou, exatamente, às 7h, não ouvi... Aliás, ninguém ouviu nada. Silêncio absurdo. Me Mexo pra lá e pra cá.
O corpo. Tudo dói. Chuva caindo torridamente, lá fora. Droga estou atrasada. Banho rápido, roupa básica, nenhuma maquilagem, chaves do carro, bolsa e pasta de trabalho.
Avenida Rebouças, trânsito normal, viro a direita, sentido Cidade Jardim. Farol vermelho. Carros emparelhados, chuva que persistir em continuar a cair, pará-brisas (movimentos: direita, esquerda). Olho a minha direita no carro ao lado, uma mulher. Semblante distante, roupas sombrias, formais. Está triste, penso. De repente uma mão sobre o rosto, enxuga uma lágrima que cai. Buzina. Farol abre. Celular toca. Olho o identificar, são 10h45, chamada: Editora Cantos.
- Alô.
- Ana Zutti.
- Sim.
- Osmar Coelho
- Oi, Osmar, já estou chegando.
- Ótimo, porque a editora ligou falando que chegou de viagem e que está a caminho.
- Entendi, então, ela vai praticipar da reunião.
- Isso mesmo.
- Pode deixar, vou causar boa impressão.
- Não precisa nem dizer, eu sei disso.
- Tá, até mais.
- Até.

Trânsito, trânsito, trânsito. Transito entre esse mundo e o outro. Cirilampos a me dizerem verdades inaltidas.
Tudo gira, gira, gira. Ainda estou dormindo?
Sonho realidades impostas, como brincadeiras inocentes desse estado saturno da mente de crianças a fazerem mimos no reino de Momo rei acariciado pelo destino.
Encontro-me na porta de entrada da Cantos. Canto cantos entoados. Sonho. Sonho no canto perdido do campo de minha esquerda e de minha direita.
7h, o desperdador toca. Acordo.

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