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18 de ago. de 2011

Idade do Bicho

Não sinta o peso da idade
sinta o peso do mundo,
da human_idade que corre
em busca do nada
e do tudo
da coisa feita, desfeita e refeita
redemoinho de vezes
de mim, em mim
de ouvidos que não ouvem,
sentem
de vozes que não falam,
ouvem
de corações que não batem,
calam
escalam
escadas de idades que flutuam
crescentes na descendência
do peso das coisas
da febre íntima
de ser
equacionado
no diminuto
da soma
do peso do mundo
na superfície das coisas
ao tempo
mesmo tempo
de bicho perdido
no mato sedento
do bicho que somos
que éramos
a seguir
perdido
encontrado
a encontrar
no cu do mundo
nu
dentro
do tudo
avesso
a idade do mundo.

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